Famílias com Alma

“O estudo do impacto social permitiu uma avaliação global do trabalho realizado diariamente na instituição, em termos quantitativos e qualitativos, tendo noção da mudança em cada um dos utentes e voluntários.”

As palavras são de Amélia Borges, diretora técnica do projeto "Famílias com Alma" do Centro Sagrada Família, e servem para resumir a importância para a organização de ter participado na edição de 2017 do programa de capacitação da CIS, que vai muito para além da identificação do resultado final em termos de SROI. Dos 10 projetos finalista, o projeto “Famílias com Alma” foi o que obteve o SROI mais baixo: 0,60:1. Ou seja, após contabilizados os recursos investidos, valorizadas as mudanças geradas e efetuados os descontos necessários, a organização concluiu que, por cada euro investido, o projeto gera 0,60 euros de valor social. Contudo, como explica Amélia Borges, “a nossa experiência no Impacto Social 2017 foi muito importante pois permitiu-nos parar e repensar a nossa abordagem e intervenção. Uma grande vantagem da nossa participação, foi termos percebido quais as abordagens em que nos devemos focar mais pois têm um impacto maior em relação aos recursos que são usados. Com a conclusão do processo de avaliação de impacto pudemos re-direcionar mais a nossa intervenção.” 

O projeto “Famílias com Alma” tem como objetivo de dar resposta às problemáticas de desemprego e exclusão social das famílias socialmente vulneráveis da união de freguesias e concelho de Oeiras. Para além do foco na área da empregabilidade, preparando elementos das famílias beneficiárias desempregados para o regresso ao mercado de trabalho através da metodologia dos grupos GEPE, o projeto tem uma componente cada vez mais abrangente de apoios sociais, que podem ter a forma de alimentação, vestuário, saúde e conforto do lar. A equipa envolvida é alargada e multidisciplinar por forma a conseguir responder à abrangência da intervenção. Segundo descreveu a responsável, os principais beneficiários do projeto (as famílias em situação de desemprego e exclusão social) são os que mais ganham com o projeto. “A auscultação dos stakeholders foi fundamental para perceber a real mudança que o projeto provoca nos mesmos, confirmando de forma científica as ideias que tínhamos”, concluiu.

Participação na Comunidade Impacto Social

Amélia Borges deixou ainda alguns conselhos para os participantes na Comunidade Impacto Social 2018, “Na próxima edição aconselhamos todos os participantes a dedicarem-se e envolverem o máximo de pessoas da equipa, pois, apesar de ser um processo bastante exigente, vale muito a pena não só pelo trabalho que é realizado, pela dinâmica da equipa e sobretudo pela aprendizagem, que será muito útil no futuro da organização.”

 


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